segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

«O que eu pretendo é que as palavras deixem de significar semanticamente para representarem um complexo de imagens suscitadas à consciência liminar pelas associações sonoras que as compõem. Eu não quero ampliar a linguagem corrente da poesia, quero destruí-la como significação, retirando-lhe o carácter mítico-semântico, que é transferido para a sobreposição de imagens ( no sentido psíquico e não estilístico), compondo um sentido global, em que o gesto imaginado valha mais que a sua mesma designação».

Jorge de Sena Do Postfácio a Metamorfoses, seguidas de
Quatro Sonetos a Afrodite Anadiómena (1963)

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