quinta-feira, 17 de junho de 2010

Vamos morrendo aos solavancos, sem piedade, presos à des-figuração desse céu carcomido e velho; como nos engole a serpente, a nós, corpo tão indefeso, de pele luzidia e coração tão espesso...Sento-me, de novo, aqui, perto desse lago de fogo. Atiro uma pedra e firo-me, a mim, não ao peixe de olhos brancos. Leva-me a treva, em nevoeiro endeusado, para dentro da floresta: choro em cima de folhas encamufladas por verdete. Tempestades!, como me ceifais em cada relâmpago o brilho da alma. (Alguém se disse cansado de existir, enquanto a lua, de rosto escancaradamente sanguíneo, se arranhava no espelho da noite)
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