domingo, 29 de novembro de 2015


«Mais mais, ainda mais que as tuas feridas, me faziam sofrer as tuas mãos...As tuas mãos, amor, via-as pisadas, como asas partidas, que ainda tremem...Eram a coisa mais triste que o sol viu. Os assassinos tinham-nas pisado. O ar, a luz, faziam-nas sofrer. E eu ouviu-os pisar: ouvia...ouvia...Oh! Foi como pisar pássaros mortos...»

António PatrícioTeatro Completo. Assírio & Alvim. Lisboa, 1982., p. 166

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