Mostrar mensagens com a etiqueta Amália Rodrigues. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Amália Rodrigues. Mostrar todas as mensagens

domingo, 7 de agosto de 2022

sexta-feira, 18 de março de 2022

quinta-feira, 22 de julho de 2021


 

Amália Rodrigues: Erros meus

 



Erros meus, má fortuna amor ardente
Em minha perdição se conjuraram
Os erros e a fortuna sobejaram
Que para mim bastava amor somente
Os erros e a fortuna sobejaram
Que para mim bastava amor somente
Tudo passei, mas tenho tão presente
A grande dor das coisas que passaram
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente
Errei tudo o discurso dos meus anos
Dei causa a que a fortuna castigasse
As minhas mal fundadas esperanças
As minhas mal fundadas esperanças
De amor, não vi se não breves enganos
Oh, quem tanto pudesse que fartasse
Este meu duro génio de vingança
De amor, não vi se não breves enganos
Oh, quem tanto pudesse que fartasse
Este meu duro génio de vingança
Compositores: Alain Oulman / Alain Bertrand / Robert Oulman

Amália Rodrigues - Barco Negro

 


De manhã, que medo, que me achasses feia
Acordei, tremendo, deitada na areia
Mas logo os teus olhos disseram que não
E o sol penetrou no meu coração
Mas logo os teus olhos disseram que não
E o sol penetrou no meu coração
Vi depois, numa rocha, uma cruz
E o teu barco negro dançava na luz
Vi teu braço acenando, entre as velas já soltas
Dizem as velhas da praia, que não voltas
São loucas
São loucas
Eu sei, meu amor
Que nem chegaste a partir
Pois tudo, em meu redor
Me diz que estás sempre comigo
Eu sei, meu amor
Que nem chegaste a partir
Pois tudo, em meu redor
Me diz que estás sempre comigo
No vento que lança areia nos vidros
Na água que canta, no fogo mortiço
No calor do leito, nos bancos vazios
Dentro do meu peito, estás sempre comigo
No calor do leito, nos bancos vazios
Dentro do meu peito, estás sempre comigo
Ah ah ah
Eu sei, meu amor
Que nem chegaste a partir
Pois tudo, em meu redor
Me diz que estás sempre comigo
Eu sei, meu amor
Que nem chegaste a partir
Pois tudo, em meu redor
Me diz que estás sempre
Comigo
Compositores: Caco Velha / David Mourao Ferreira / David Mourao-ferreira / Piratini


 

Filme Capas Negras | Amália Rodrigues 1947

Amália Rodrigues - Não sei porque te foste embora

Não sei por que te foste embora

Não sei que mal te fiz que importa
Só sei que o dia corre e àquela hora
Não sei por que não vens bater-me à porta
Não sei se gostas de outra agora
Se eu estou ou não para ti já morta
Não sei, não sei nem me interessa
Não me sais é da cabeça
Que não vê que eu te esqueci
Não sei, não sei o que é isto
E já não gosto e não resisto
Não te quero e penso em ti
Não quero este meu querer no peito
Não quero esperar por ti, nem espero
Não quero que me queiras contrafeito
Nem quero que tu saibas que eu te quero
Depois de este meu querer desfeito
Nem quero o teu amor sincero
Não quero mais encontrar-te
Nem ouvir-te, nem falar-te
Nem sentir o teu calor
Porque eu não quero que vejas
Que este amor que não desejas
Só deseja o teu amor
Porque eu não quero que vejas
Que este amor que não desejas
Só deseja o teu amor

Compositores: Jose Galhardo / Frederico Valerio

sábado, 17 de julho de 2021

domingo, 13 de junho de 2021

domingo, 16 de maio de 2021


Amália e Celeste Rodrigues

 

segunda-feira, 29 de março de 2021

quarta-feira, 10 de março de 2021

segunda-feira, 8 de março de 2021

domingo, 7 de março de 2021


Amália Rodrigues, no filme " Ilhas Encantadas ", 1965

quinta-feira, 4 de março de 2021

quarta-feira, 3 de março de 2021

Amália Rodrigues " Ilhas Encantadas " 1965


As Ilhas Encantadas (1965)

Les Iles Enchantées

Produção Rodagem: Abr/Jun 1964

M/14

89 min

Drama  

Realização:  ·  Carlos Vilardebó

Argumento:  ·  Carlos Vilardebó  ·  José Cardoso Pires  ·  Raymond Bellour

No passado século XIX, em ilha deserta do Atlântico, dá-se o encontro entre Pierre Duchemin, jovem marinheiro dum barco francês, e Hunila, solitária desde a morte do marido, Filipe, e do irmão, que exploravam os parcos recursos da pesca à tartaruga.
Esta relação paradisíaca terá, porém, um fim e, recolhida por um veleiro português, em 1830, Hunila conta a sua história...
[Fonte: José de Matos-Cruz, O Cais do Olhar, 1999, p.129]


O mar, uma espécie de libertação | «Tenho a mania das flores, das árvores e do mar. Gosto de passear nas árvores. Não sou nada bicho da cidade, o barulho faz-me mal, psicologicamente; começo a perguntar-me onde é que tudo vai ter e sofro. Tenho tendência é para o mar. A primeira vez que fui para o mar já não era muito pequena. Nunca fui para o mar para fazer bem à saúde. Fui daquelas que foi forte… Tive as minhas cicatrizes nos pulmões, os gânglios, asma nervosa… mas curei tudo sem dar por isso. Quando ia para o mar, tinha de passar a noite de véspera a fritar peixe para o farnel. Ia-se carregado, vinha-se carregado, era uma estafa. E o mar era para mim como para as outras crianças, para brincar, fazer covas na areia. Hoje é uma espécie de libertação, um horizonte grande que se tem à frente.
Como aprendeu a gostar do mar?
Foi talvez uma necessidade… Com as flores é diferente, sempre gostei. Agora encho a casa de flores, de todas as qualidades, vou à praça e apetece-me comprar as flores todas. As minhas irmãs até me chamam o “tilim das flores”. Quando me dão uma prenda, um cinzeiro ou uns chinelos de quarto, dizem sempre, “Toma lá isto para pores flores”. Mas a tentação do mar só veio mais tarde, penso que por necessidade. E costumo dizer: “Deus deu-me um lugar bom para morrer”.»

 R&T [Rádio & Televisãoespectáculos, «Amália: “Globetrotter do fado”», 2 de Setembro de 1972, entrevista por Regina Louro, fotografias por Corrêa dos Santos.

 

Fonte da Publicação: ver aqui.

''Malaventurado (Bernardim Ribeiro [1482-1552] / Alain Oulman [1928-1990]), com José Fontes Rocha (guitarra) e Martinho d’Assunção (viola).

Do disco Cantigas Numa Língua Antiga, Abril de 1977.

O original de Bernardim Ribeiro, «Egloga Qvarta chamada Jano», in História de Menina e Moça, reprodução facsimilada da edição de Ferrara, 1554, estudo introdutório por José Vitorino de Pina Martins, Lisboa,Fundação Calouste Gulbenkian, 2002, pp. cix v.º [109 verso] – cx v.º [110 verso]:



Portugal – EMI-Columbia – 8E 072-40477 – Cantigas Numa Língua Antiga, Abril de 1977, capa de Manuel Fortes, fotografias de Augusto Cabrita

Mudei terra mudei vida

mudei paixam em paixam

vi a alma de mim partida

nunca de meu coraçam

vi minha door despedida:

Antre tamanhas mudanças

de hum cabo minha sospeita

e de outro desconfianças

leixanme em grande estreita

e leuanme as esperanças

Cantigas Numa Língua Antiga, contracapa

Nesta triste companhia



ando eu que tam triste ando

jaa nam sam quem ser soía

os dias viuo chorando

as noutes mal as dormia:

Temo descanço tornado

mal que por meu mal ho vi

e eu mal auenturado

mourome andando assi

antre cuidado e cuidado

Portugal – Orlador – 71820 – Cantigas Numa Língua Antiga, edição especial para os sócios do clube Círculo de Leitores, 1979

Por me nada nam ficar

que nam me fosse tentado

prouei darme a trabalhar

mas nunca me achei cançado

para poder descançar:

Quando mais cançado estaua

alli meu mal entam

a meu mal se apresentaua

e o corpo e o coraçam



ambos cançados leuaua





Nam sabendo onde me hiria

que ma mim laa nam leuasse

roguei a Deus nam soo hum dia

que da vida me tirasse

pois me dala nam queria:

Mas com cuidados maiores

cree que Deus se nam cura

ca dos pobres pastores

como que elles por ventura

nam sentem laa suas dores




O quam bem auenturado

fora jaa se me matara

minha door ou meu cuidado

eu morrera e acabara

e meu mal fora acabado:

Nam vira tal perdiçam



de mim e de tanta cousa

perdido tudo em vam

porque hua paixam nam repousa

em outra maior paixam





Adaptação de Alain Oulman para fado:



Mudei terra mudei vida

Mudei paixão em paixão

Vi a alma de mim partida

Nunca de meu coração

Vi minha dor despedida

E eu malavanturado

Morro-me andando assim

Entre cuidado e cuidado



Eu morrera e acabara

E meu mal fora acabado



Não vira tal perdição

De mim e de tanta coisa

Perdido tudo em vão

Porque a paixão não repousa

Em outra maior paixão



O quem bem aventurado

Fora já se me matara

Minha dor e meu cuidado



Fonte da Publicação: ver aqui.

Powered By Blogger