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domingo, 16 de dezembro de 2012

Lágrimas

(Sliózy)
 
Lama no bairro dos subúrbios,
Atrás da mata o bater das rodas...
Há muito que esqueci o que é chorar;
Quem me fala do sabor das lágrimas?
 
Só às vezes de noite,
Não por medo do silêncio,
Por qualquer coisa, correm
Fios de lágrimas doces.
 
Dantes sabiam emocionadamente
Chorar no ombro uns dos outros.
Mas cada época tem as suas leis,
E nós vivemos outros tempos.
 
A cada dia a sua tempestade!
As flores abrem em terrível fosso...
As lágrimas humanas,
Nós conhecemos o vosso preço.
 
 
Konstantin Vanshenkin. Antologia da Poesia Soviética. Trad. de Manuel Seabra. Editorial Futura, Lisboa, 1973, p. 151
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