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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Morrer de amor, de Maria Teresa Horta



Morrer de amor
ao pé da tua boca

Desfalecer
à pele
do sorriso

Sufocar
de prazer
com o teu corpo

Trocar tudo por ti
se for preciso

domingo, 4 de setembro de 2016

Novas Cartas Portuguesas, uma obra publicada em 1972, e o "Caso das Três Marias"


Maria Teresa Horta assim se definiu



“A literatura é o meu sentido primeiro das coisas.

“Entre aquilo que leio e aquilo que escrevo.

‘correnteza de rio indo pelo caminho das pedras, até ao lugar onde as águas se misturam, se confundem, se fusionam, e só depois se separam, se alargam- alagam e

nos contaminam…

“Com a matéria última do sonho.”
-«E o que faremos, Madre Abadessa, que faremos?
-«Não houve pão para nós à mesa dos homens.»


Novas Cartas Portuguesas, 1ª edição, pág 80

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Um outro tanto
Maria Teresa Horta


Não sei como consigo
amar-te tanto
se querer-te assim na minha fantasia

é amar-te em mim
e não saber já quando
de querer-te mais eu vou morrer um dia

perseguir a paixão até ao fim é pouco
exijo tudo até perder-me
enquanto, e de um jeito tal que desconhecia
poder amar-te ainda
um outro tanto

in "Inquietude" quasi (06)

sábado, 17 de outubro de 2009

Tinha um corpo de
lua
pelo lado da cor e do frio

em desiquilíbrio no fio da faca
do orgasmo

Maria Teresa Horta
in Os Anjos
Litexa, 1983
São os anjos
apenas
com o corpo dos homens

num corpo de mulher

e um ligeiro crepitar
de asas
na altura dos ombros.

Maria Teresa Horta
in Os Anjos
Litexa, 1983
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