Mostrar mensagens com a etiqueta Marilyn Monroe. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Marilyn Monroe. Mostrar todas as mensagens

domingo, 1 de agosto de 2021

sábado, 13 de junho de 2020

quarta-feira, 13 de maio de 2020

terça-feira, 12 de maio de 2020

sábado, 9 de maio de 2020

segunda-feira, 4 de maio de 2020

domingo, 2 de fevereiro de 2020

Ruy Belo na morte de Marylin Monroe


Morreu a 5 de Agosto de 1962.
Tinha apenas 36 anos.


Na Morte de Marilyn

Morreu a mais bela mulher do mundo
tão bela que não só era assim bela
como mais que chamar-lhe marilyn
devíamos mas era reservar apenas para ela
o seco sóbrio simples nome de mulher
em vez de marilyn dizer mulher.
Não havia no fundo em todo o mundo outra mulher
mas ingeriu demasiados barbitúricos
uma noite ao deitar-se quando se sentiu sozinha
ou suspeitou que tinha errado a vida
ela de quem a vida a bem dizer não era digna
e que exibia vida mesmo quando a suprimia.
Não havia no mundo uma mulher mais bela mas
essa mulher um dia dispôs do direito
ao uso e ao abuso de ser bela
e decidiu de vez não mais o ser
nem doravante ser sequer mulher.
O último dos rostos que mostrou era um rosto de dor
um rosto sem regresso mais que rosto mar
e toda a confusão e convulsão que nele possa caber
e toda a violência e voz que num restrito rosto
possa o máximo mar intensamente condensar.
Tomou todos os tubos que tinha e não tinha
e disse à governanta não me acorde amanhã
estou cansada e necessito de dormir
estou cansada e é preciso eu descansar.
Nunca ninguém foi tão amado como ela
nunca ninguém se viu envolto em semelhante escuridão.
Era mulher era a mulher mais bela
mas não há coisa alguma que fazer se certo dia
a mão da solidão é pedra em nosso peito.
Perto de marilyn havia aqueles comprimidos
seriam solução sentiu na mão a mãe
estava tão sozinha que pensou que a não amavam
que todos afinal a utilizavam
que viam por trás dela a mais comum imagem dela
a cara o corpo de mulher que urge adjectivar
mesmo que seja bela o adjectivo a empregar
que em vez de ver um todo se decida dissecar
analisar partir multiplicar em partes.
Toda a mulher que era se sentiu toda sozinha
julgou que a não amavam todo o tempo como que parou
quis ser até ao fim coisa que mexe coisa viva
um segundo bastou foi só estender a mão
e então o tempo sim foi coisa que passou.


Ruy Belo,

Transporte no Tempo.

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

terça-feira, 2 de abril de 2019

domingo, 27 de janeiro de 2019

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

domingo, 18 de março de 2018

sábado, 10 de março de 2018

sábado, 30 de dezembro de 2017

sábado, 16 de dezembro de 2017

sábado, 18 de novembro de 2017

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Powered By Blogger