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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016


«O termo «niilista» pareceu-me irritante e incongruente, mas deixei de compreender o sentido desse livro e vi-me mergulhado num certo abatimento: era evidente que me mostrava incapaz de compreender os bons livros! E este pertencia, como estava convencido, ao lote das melhores obras: uma senhora tão considerável e tão bela não ia de modo nenhum pôr-se a ler maus livros!»


Maximo Gorki. Ganhando o meu pão. Obras completas. Editorial Início. 1970., p. 257

domingo, 15 de dezembro de 2013

O meu niilismo contribuía para a minha indisposição.

Ernst Jünger. O Problema de Aladino. Tradução de Ana Cristina Pontes. Edições Cotovia, Lisboa, 1989., p. 106

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

'O velho mito germânico de Migdar'

« Tudo isso é Migdar e o reconhecimento de Migdar como essência da realidade, chama-se Heterodoxia. Ou traduzindo o mito, heterodoxia é a convicção de que o real não é apenas a cabeça mordendo sem hesitações nem a cauda devorada sem resistência, mas o inteiro movimento de morder e ser mordido, a paixão circular da vida por si mesma. O movimento da cabeça devorando com a certeza de existir um só caminho, pode receber o nome de Ortodoxia, assim como a convicção inversa de não existir caminho algum pode designar-se por Niilismo.»



Eduardo Lourenço. Escrita e Morte in Heterodoxia I e II. Assírio & Alvim, Lisboa, 1987

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

«(...) Nietzsche identifica a verdade de Deus como sendo uma herança dos gregos. Ele sugere a existência de uma escada com três degraus importantes: o primeiro deles evidencia que em determinada época a humanidade foi sacrificada por um Deus. O segundo degrau revela que em seguida a humanidade sacrificou seus mais fortes instintos e sua natureza em nome da moral. Finalmente, no terceiro degrau, a humanidade sacrificou deus em favor do nada e da liberdade. Mas, diante da leitura de tais apontamentos nietzschianos, surge uma pergunta para o leitor: liberdade para quê? Agora o homem é livre, porém não sabe o que fazer com sua liberdade e se encontra sem direcção, navegando num mar desconhecido.»


ARAÚJO, R. B (2009). Niilismo heróico em Samuel Beckett e Hilda Hilst: Fim e recomeço da narrativa. Tese de Doutoramento em Literatura Comparada, pela Universidade Federal da Paraíba, p. 39

Causas do Niilismo

«Segundo Nietzsche, há duas grandes causas para a presença do niilismo: a ausência de grandes modelos para a humanidade (grandes homens) e a crescente maioria da população (a massa, a sociedade, o rebanho). O excesso de fraqueza e a falta de força – a falta de modelos de força e vontade humana – constituem para o filósofo a raiz do niilismo.
Assim, haverá homens fracos e fortes no mundo, mas é importante que os fortes representem a maioria, para que a vida seja enriquecida. No entanto, faz-se necessário frisar que nem sempre aqueles que detém o poder, a autoridade e o saber são os mais fortes. Muitas vezes eles são os mais fracos, os parasitas. O que Nietzsche quer, de fato, afirmar é que o homem vive numa era de pobreza (“age of poor”). O homem tem se tornado pobre em valores, em talentos, em conhecimento e em espírito. O mundo de um modo geral tornase corrompido.»


ARAÚJO, R. B (2009). Niilismo heróico em Samuel Beckett e Hilda Hilst: Fim e recomeço da narrativa. Tese de Doutoramento em Literatura Comparada, pela Universidade Federal da Paraíba, p. 36

Niilismo

«Etimologicamente, “niilismo” vem do latim nihil e significa a persistência do pensamento pelo nada. De acordo com Franco Volpi, o termo “niilismo” surge entre o final do século XVIII e início do século XIX, mas há registos de que o termo já havia sido empregado em 1733 no título do tratado de F. L. Goetzius, “De neonismo et nihilismo in theologia”. (...)
No entanto, apesar desses registos anteriores, o termo “niilismo” tornou-se conhecido somente a partir do romance russo, Pais e filhos, de Ivan Turguêniev, escrito entre 1860 e 1862. De facto, é tarefa difícil remontar a história do niilismo, pois suas raízes tendem a se aprofundar cada vez mais à medida que se busca a sua origem. Mas, para além da origem do termo, o niilismo, enquanto sentimento, existiu desde sempre. Trata-se do sentimento de estranhamento e da falta de sentido diante do mundo.»


ARAÚJO, R. B (2009). Niilismo heróico em Samuel Beckett e Hilda Hilst: Fim e recomeço da narrativa. Tese de Doutoramento em Literatura Comparada, pela Universidade Federal da Paraíba, p. 30
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