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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Universal Mind





I was doing time in the universal mind,/I was feeling fine./I Was turning keys. I Was setting people free, /I Was doing all right.

Then you came along / With a suitcase and a song,/ turned my head along./Now I'm so alone / just looking for a home / in very place I see. / I'm the freedom man. I'm the freedom man./ I'm the freedom man, that's how lucky I am.



Jim Morrison. Uma Oração Americana e outros escritos. Assírio & Alvim, Lisboa., p. 85

A Celebração do Lagarto

Leões na rua, vadios
Cães babando raiva e cio
Fera enjaulada dentro da cidade
O corpo da mãe
A apodrecer no asfalto do Verão.
Ele fugiu da cidade.

Desceu para Sul e passou a fronteira
Deixou o caos e a desordem
Tudo para trás das costas.

Acordou um dia numa pensão verde
Com um estranho ser rosnando ao seu lado.
O suor encharcava-lhe a pele luzidia.

Já está toda a gente?
Vamos dar início ao cerimonial.


Desperta!
Não te lembras de onde foi?
O tal sonho terminou?

A serpente era de ouro baço
Vítrea & enroscada.
Receávamos tocar-lhe.
Os lençóis eram prisões mortalmente abafadas
& ela sempre à minha beira.
Velha não era...jovem
De cabelo ruivo escuro
A pele branca e macia.
Corre prà casa de banho e vê-te
ao espelho!

Aí vem ela a entrar
Cada gesto dela é um século lento que eu não sei viver.
Deixo-me cair e encosto a cara
Ao cimento gelado.
Sinto a fria doçura do sangue a espicaçar-me,
O brando assobio das serpentes da chuva...

Brinquei em tempos a um jogo
Gostava de regressar rastejando mentalmente
Deves saber de que jogo se trata
É o jogo chamado «fazer de maluco»

Devias tentar brincar a esse jogo
Fechas os olhos esqueces o nome
Esqueces o mundo, esqueces toda a gente
E ambos erguemos uma torre diferente.

(...)


Jim Morrison. Uma Oração Americana e outros escritos. Assírio & Alvim, Lisboa., pp. 89-91

sexta-feira, 14 de maio de 2010

O Fim

É o fim, amigo querido,
é o fim, amigo único, o fim
dos planos que forjámos, o fim
de tudo o que era firme, o fim
sem apelo ou surpresa, o fim.
Nem mais te olharei nos olhos.
Vê se imaginas o que vai ser de nós,
limitados e libertos,
desesperadamente necessitados da mão dum estranho
num mundo desesperado?

Perdidos num romano deserto de mágoas,
com todas as crianças atacadas pela loucura,
todas as crianças atacadas pela loucura,
à espera da chuva de Verão.

É perigoso passar ao pé da cidade,
segue a direito pela estrada real.
Cenas mágicas dentro da mina de ouro;
segue pela estrada do oeste, amor.

Vai, vai a cavalo na serpente
até ao lago de antigamente.
A serpente mede sete longas milhas:
põe-te a cavalo na serpente, que é velha
e tem a pele frígida.
O Oeste é óptimo, óptimo é o Oeste,
vem até cá, nós faremos o resto.
O autocarro azul chama por nós,
o autocarro azul chama por nós.
Aonde nos leva, senhor condutor?

O assassino acordou antes da aurora,
calçou as botas,
retirou uma cara da galeria antiga,
e seguiu pelo átrio adiante.
Foi até ao quarto onde a irmã vivia,
foi seguidamente visitar o irmão,
e dali seguiu pelo átrio fora.
E chegou a uma porta
e olhou lá para dentro.
-Pai!
-Sim, meu filho?
- Eu quero matar-te.
Mãe eu quero que...


Entra, fica connosco, tenta uma vez mais, filho,
entra, fica connosco, tenta uma vez mais, filho,
entra, fica connosco, tenta uma vez mais, filho,
opera-me nas traseiras do autocarro azul...


É o fim, amigo querido,
é o fim, amigo único, o fim.
Custa-me deixar-te, mas
nunca irás pra onde eu for.
O fim da risada e das doces mentiras,
o fim das noites em que fizemos por morrer,
é o fim.



Jim Morrison. Uma Oração Americana e outros escritos. Assírio & Alvim, Lisboa., pp.23/5

Aceita O Que Vier

Tempo pra viver, tempo pra mentir,
tempo pra rir, tempo pra morrer.

Toma cuidado querida, aceita o que vier.
Não te precipites se queres que o amor dure.
Tens-te precipitado demais.

Tempo pra andar, tempo pra comer
tempo pra vibrares os dardos ao sol.

Vai devagar, verás que te sabe cada vez melhor,
aceita o que vier, tira a especialidade do prazer.


Jim Morrison. Uma Oração Americana e outros escritos. Assírio & Alvim, Lisboa., pp.22

As Pessoas São Estranhas

As pessoas são estranhas quando nós o somos,
feias são as caras quando nos vemos só.
Toda a mulher que nos rejeita nos parece perversa,
as ruas são torturosas quando estamos em baixo.
Quando nos sentimos estranhos, surgem-nos caras através da chuva,
quando nos sentimos estranhos, ninguém se lembra do nosso nome,
quando nos sentimos estranhos, quando nos sentimos estranhos,
quando nos sentimos estranhos.


Jim Morrison. Uma Oração Americana e outros escritos. Assírio & Alvim, Lisboa., pp.33

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

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