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segunda-feira, 27 de agosto de 2012


«Elle est tombée en enfance - repetiu De Grillet ao general: - seule, elle fera des bêtises...»



Dostoievski. O Jogador. Editorial Verbo - Livros RTP, Lisboa, p. 95

domingo, 26 de agosto de 2012

«As mulheres são todas iguais! As mais orgulhosas acabam sempre por ser as mais vis escravas! A única coisa de que Polina é capaz é de amar apaixonadamente!»


Dostoievski. O Jogador. Editorial Verbo - Livros RTP, Lisboa, p. 77

«Não há nada como evitar os equívocos e comportarmo-nos francamente. Além disso, de que serve enganarmo-nos a nós próprios? É a preocupação mais inútil e a menos compensadora.»



Dostoievski. O Jogador. Editorial Verbo - Livros RTP, Lisboa, p. 21

«Agora, perguntava-me de novo: amo-a?

 
«E não sabia responder. Ou melhor, respondi-me novamente, pela centésima vez, que a detestava. Sim, odiava-a! Havia momentos (sobretudo depois das nossas conversas) em que teria dado metade da minha vida para estrangulá-la! Juro-o. Se tivesse sido possível, ainda há momentos, cravar-lhe no peito um punhal bem afiado, julgo que o teria empunhado de boa vontade. E ao mesmo tempo, juro também, pelo que tenho de mais sagrado, que no Schlangenberg, no pico mais frequentado, se me tivesse dito: ''atire-se daqui'', ter-me-ia atirado imediatamente, até com prazer. Tinha a certeza disso. De qualquer modo, tinha que tomar uma decisão. Ela sabe-o muito bem e a ideia de que eu a compreendo, perfeita e precisamente, a distância que nos separa, a impossibilidade absoluta de ver realizadas as minhas fantasias, essa ideia, estou convencido, proporciona-lhe um prazer extraordinário. De contrário, como se compreende que, sendo discreta e inteligente, possa ter comigo estas intimidades?»



Dostoievski. O Jogador. Editorial Verbo - Livros RTP, Lisboa, p. 17
«Odeio-o pelo muito que lhe consenti, e ainda mais pela necessidade que tenho de si. Por isso, enquanto precisar de si, terei que tratá-lo bem.»


Dostoievski. O Jogador. Editorial Verbo - Livros RTP, Lisboa, p. 16

domingo, 15 de julho de 2012


«Mas não tinham as suas visões algo de comparável às falaciosas alucinações que provocam o haxixe, o ópio ou o vinho, e que embrutecem o espírito deformando a alma?»


Fëdor Mixajlovič Dostoevskij. O Idiota. Tradução de Jorge Sampaio. Círculo de Leitores, Lisboa, 1978., p. 226

sábado, 14 de julho de 2012

Desde menina que sabia o que era sofrer e, aliás, isso reflectia-se no seu carácter.

« Desde menina sabia o que era sofrer e, aliás, isso reflectia-se no seu carácter. Olhando-a de fora, sob determinado aspecto, digamos que não era muito vistosa, mas eu não a olhava sob um determinado aspecto, mas de frente. E não havia para mim no mundo mulher mais bonita e desejada que ela, nem haverá!
    Vinha um homem do trabalho, cansado, e às vezes com um humor de mil diabos. Mas ela nunca respondia com rudeza às minhas rudes palavras. Carinhosa, serena, não sabia que fazer comigo e só pensava, mesmo quando eu levava pouco dinheiro para casa, em preparar-me um prato saboroso. Um homem olhava para ela e abrandava-se-lhe o coração, e, pouco depois, abraçava-a e dizia-lhe: ''Perdoa, querida Irina, fui muito grosseiro contigo. Mas, compreendes, hoje as coisas não me correram bem no trabalho. E de novo reinava entre nós a paz e a tranquilidade voltava à minha alma.»






Mikhaíl Chólokhov. O Destino de um Homem. Contos soviéticos. Tradução de Sampaio Marinho. Edições Progresso, 1980, p. 358

« Da água vinha um hálito de humidade, juntamente com o azedo sopro dos amieiros putrefactos, e das longínquas estepes de Prikhopérskie, mergulhadas no fumo liláceo da névoa, a suave brisa trazia o aroma, eternamente jovem, da terra recém-libertada da neve.»



Mikhaíl Chólokhov. O Destino de um Homem. Contos soviéticos. Tradução de Sampaio Marinho. Edições Progresso, 1980, p. 353
«(...); via-se que eu o fatigava como um homem estúpido.
 - Você sabe tudo, menos o essencial - proferiu lentamente, pensativo. - Pode retirar-se.»



Andréi Platónov. No Mundo Formoso e Pérfido.Contos soviéticos. Tradução de Sampaio Marinho. Edições Progresso, 1980, p. 253

quarta-feira, 4 de julho de 2012

«Às vezes uma onda desliza pela areia e desaparece entre murmúrios.»


Vera Inber. Maia Contos soviéticos. Tradução de Sampaio Marinho. Edições Progresso, 1980, p. 253

« - Não fales assim, Antón, que se passa?»

« - Sim, tenho que to dizer! Na verdade, tornei-me insuportável com os meus caprichos, as minhas tolices... Mas se soubesses como é duro para mim, como desejo viver, como estou cansado de pensar na morte, de dizer a mim mesmo que em breve, muito em breve, deixarei de existir, que não ficará nada de mim, que não tive tempo para fazer nada, absolutamente nada que valha a pena...»




Iúri Guérman. Passeios pelo Pátio. Contos soviéticos. Tradução de Sampaio Marinho. Edições Progresso, 1980, p. 236
«Muitas pessoas têm medo do olhar penetrante dos outros. Têm medo de perscrutar as coisas a fundo. Gostam de passar por cima de tudo, de olhos fechados e pensamento vazio.»


Nikolai Gógol. Almas Mortas. Círculo de Leitores, 1ª Edição, 1977, p. 262
«As paixões humanas não têm conta, são tantas como as areias do mar, e todas, as mais vis como as mais nobres, começam por ser escravas do homem para depois o tiranizarem. Bem-aventurado aquele que, entre todas as paixões, escolhe a mais nobre: a sua felicidade aumenta de hora a hora, de minuto a minuto, e cada vez penetra mais no ilimitado paraíso da sua alma. Mas existem paixões cuja escolha não depende do homem: nascem com ele e não há força bastante para as repelir. Uma vontade superior as dirige, têm em si um poder de sedução que dura toda a vida. Desempenham neste mundo um importante papel: quer tragam consigo as trevas, quer as envolva uma auréola luminosa, são destinadas, umas e outras, a contribuir misteriosamente para o bem do homem.»




Nikolai Gógol. Almas Mortas. Círculo de Leitores, 1ª Edição, 1977, p. 258/9
«Porque havemos de ser tão severos com os outros? Hoje em dia já não se vêem por aí miseráveis, há só pessoas bem intencionadas e simpáticas. E se alguns se expõem à vergonha de serem esbofeteados em público, são só uns dois ou três, o máximo, e mesmo esses agora falam de virtude.»




Nikolai Gógol. Almas Mortas. Círculo de Leitores, 1ª Edição, 1977, p. 258
« - Um dia sentirás por ela profunda aversão, precisamente por causa do amor que hoje te inspira e dos sofrimentos que padeces.»



Fëdor Mixajlovič Dostoevskij. O Idiota. Tradução de Jorge Sampaio. Círculo de Leitores, Lisboa, 1978., p. 213

quinta-feira, 28 de junho de 2012

« - Devo dizer-lhe, Gavrila Ardalionovitch - disse bruscamente o príncipe -, que é verdade que a doença que me afligiu noutros tempos, a ponto de me tornar quase idiota. Mas agora estou curado e já há muito tempo. Por isso, acho bastante desagradável que me trate abertamente de idiota. Se bem que os seus infortúnios lhe possam servir de desculpa, está transtornado a pontp de ser a segunda vez que me insulta. Isso desagrada-me, sobretudo tratando-se, como é o caso, do primeiro encontro. Estamos numa encruzilhada, o melhor será que nos separemos. (....)»



Fëdor Mixajlovič Dostoevskij. O Idiota. Tradução de Jorge Sampaio. Círculo de Leitores, Lisboa, 1978., p. 93/4

Talvez diga, por vezes, coisas estranhas...»

« Sei melhor do que ninguém que vivi menos tempo do que qualquer outro e compreendo a vida menos do que quem quer que seja. Talvez diga, por vezes, coisas estranhas...»


Fëdor Mixajlovič Dostoevskij. O Idiota. Tradução de Jorge Sampaio. Círculo de Leitores, Lisboa, 1978., p. 68

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Máximo Górki

''...A coisa mais inteligente que o homem pode ter, é saber amar a mulher, inclinando-se perante a sua beleza: do amor pela mulher nasceu toda a beleza que há no mundo.''

Converter num deserto este país de canalhas

« - Oh, monsieur! Eu tenho a minha teoria: tudo, até aos alicerces. Compreende-me? Converter num deserto este país de canalhas. Temos cento e quarenta milhões de habitantes, mas só dois ou três milhões têm direito a viver. A flor da raça: a literatura, as artes, a ciência. Sou materialista. Os outros cento e trinta e sete milhões, serão convertidos em adubo! Compreende? Nada de superfosfatos, sais de nitrato, salitre! Adubar os campos com milhões de indivíduos! Os mujiks, os rufiões, a canalha rebelde: Todos para a máquina! Uma espécie de grão de café moído. Para reduzi-los a papa! Essa papa, uma vez prensada e seca, será derramada pelos campos, por todos os lugares em que a terra é má. Sobre esses campos assim adubados levantaremos a nova civilização dos eleitos.»



Boris Lavreniov. Uma Coisa Bem Simples. Contos soviéticos. Tradução de Sampaio Marinho. Edições Progresso, 1980, p. 50

«Vê-se que é um descrente. E o seu nome é mais de cão do que de pessoa! Cout...Cout...! Oh, quantos porcos tem este mundo!»


Boris Lavreniov. Uma Coisa Bem Simples. Contos soviéticos. Tradução de Sampaio Marinho. Edições Progresso, 1980
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