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sábado, 6 de outubro de 2018

«andam fantasmas negros
pelas ruas a baterem às portas… »

Fernando Namora
«A rua lembra um quadro cubista
pintado num momento aflitivo de pesadelo.»

Fernando Namora

segunda-feira, 11 de maio de 2015


«Tudo o que ela dissera me fluía à boca com o sabor de malogros e paixões. Nos últimos tempos, eu reagia por tudo e por nada. Tinha os nervos eriçados, sensíveis como um dente cariado.»


Fernando Namora. Domingo à Tarde. Editora Arcádia. 4ª Edição. p. 257

sábado, 9 de maio de 2015

«Para esses sonâmbulos, era eu o enfermo.»


Fernando Namora. Domingo à Tarde. Editora Arcádia. 4ª Edição. p. 244

''euforia de fantoches''


«Escreveu a alguns, para endereços antigos, e como a via sofrer de tal modo com a desiludida expectativa de lhes receber uma resposta, proibi-a rudemente de persistir na tolice.»


Fernando Namora. Domingo à Tarde. Editora Arcádia. 4ª Edição. p. 242

«Sentia uma súbita fome. E um vazio em todas as vísceras.»


Fernando Namora. Domingo à Tarde. Editora Arcádia. 4ª Edição. p. 239

''alforge de excentricidades''

''lábios desbotados''

''apagar-lhe da memória as nódoas que tinham ficado para trás.''


Fernando Namora. Domingo à Tarde. Editora Arcádia. 4ª Edição. p. 214

«Do seu verdadeiro tamanho: uma pobre coisa exposta às ressacas do meu pensamento.»

Fernando Namora. Domingo à Tarde. Editora Arcádia. 4ª Edição. p. 214

«O seu olhar, então, quando lhe sacudia o mutismo, pousava, suave e indiferente, sobre a minha contida saturação.
-Que tal passaste a noite?
-Bem.
Fechava-se, um muro em volta, obrigando-me a ficar de fora.»


Fernando Namora. Domingo à Tarde. Editora Arcádia. 4ª Edição. p. 209

«Não pude, contudo, deixar de sorrir. E esse sorriso foi o bastante para que a pobre Lúcia se sentisse ameigada como uma cadela sem dono.»

Fernando Namora. Domingo à Tarde. Editora Arcádia. 4ª Edição. p. 201

''dança sonâmbula''



«(...), tal como eu, não queria confessar que a solidão nos deixa as mãos estendidas e apavoradas dentro de um quarto escuro; daí, as suas fugas, o seu arzinho de bicho que se prepara para arranhar enquanto não está certo se deve confiar nos dedos que se estendem para o afago.»



Fernando Namora. Domingo à Tarde. Editora Arcádia. 4ª Edição. p. 189


«Desejei muitas vezes ter alguém ( e só então reparava, com azeda amargura, quanto tinha sido até aí desastrado nas relações humanas, quanto conduzira as pessoas a respeitarem-me por entre uma gélida terra-de-ninguém, a temer-me e nunca a ter estima por mim), um amigo que interpretasse as incongruências do meu procedimento, humanizando-as  a meus olhos, ajustando-as, se fosse possível, à espécie de pessoa que eu julgava ser. Eu, por mim, de modo algum as poderia ajustar.»



Fernando Namora. Domingo à Tarde. Editora Arcádia. 4ª Edição. p. 188
«Durante as minhas vigílias de cigarros trespassava-me o eco de longínquas vozes.»


Fernando Namora. Domingo à Tarde. Editora Arcádia. 4ª Edição. p. 188
«...Pedia-me aqueles nadas que reanimam uma vida. Enfim: a torpe ilusão de que poderia haver um erro ou uma possibilidade.»


Fernando Namora. Domingo à Tarde. Editora Arcádia. 4ª Edição. p. 187

sexta-feira, 8 de maio de 2015


«Se aqueles breves raios de loucura passavam por Clarisse, se o mórbido desvario a conduzia a atitudes extremas é porque as patologias as previam, as regulamentavam. E se assim não fosse?
   Clarisse, ao reparar no meu silêncio taciturno, fez um sorriso de astúcia.
   -Nunca julguei que uma simples beliscadura te afectasse tanto...»

Fernando Namora. Domingo à Tarde. Editora Arcádia. 4ª Edição. p. 183

«Que eram as pessoas? Ilhas. Ilhas isoladas e um braço estendido, a fazer de ponte, por onde se esperava que passasse alguém.»

Fernando Namora. Domingo à Tarde. Editora Arcádia. 4ª Edição. p. 183
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