terça-feira, 5 de setembro de 2017

Mariologia católica

Maria, mãe de Jesus

Natividade de Nossa Senhora

Miriam, que em hebraico significa "Senhora da Luz", passado para o latim como Maria. 

opiáceos naturais

sábado, 2 de setembro de 2017


Prosa Memorialista de Seiscentos. FCG. António J. Saraiva e Óscar Lopes. «…’ a melancolia e nublado português e a boa sombra e alegria castelhana: uns, noitibós tristes, e outros, pintassilgos alegres, [...] andam os portugueses à caça de uma melancolia, e sonham os castelhanos de noite como poderão levar um bom dia’»

Prosa memorialista
(Excerto)

«A principal fonte de informação sobre este período é um diário particular referente aos acontecimentos decorridos entre 1662 e 1680, intitulado, Monstruosidades do Tempo e da Fortuna, de que ficaram vários manuscritos, um deles editado em 1888, e que tem sido atribuído com verosimilhança ao beneditino de Entre Douro e Minho, frei Alexandre Paixão. O ponto de vista deste diário é o de um moralista muito conservador, antijudaico, favorável a ao monarca Pedro e à alta aristocracia. Mas a obra contém informações valiosas, graças a certo e novo gosto de registar efemérides, muito característico da época barroca e ao qual se devem obras tão notáveis como as Memórias de Saint-Simon ou o Diário de Samuel Pepys. A título de exemplo, e pelo seu extraordinário interesse para a história do teatro em Portugal, citemos as referências contidas em Monstruosidades às cartas por títulos e comédias e uma lista, elaborada por acinte nitidamente antinobiliárquico, em que figuram 117 nomes da aristocracia, ou designações colectivas de grupos dirigentes do País, seguidos cada qual de um título de comédia espanhola que lhe faz a caricatura; assim, Francisco Manuel de Melo é caracterizado pelo título da comédia Lances de Amor y Fortuna, o que parece confirmar a tradição linhagista segundo a qual a sua prisão tem qualquer relação com aventuras amorosas.
Entre as obras de memórias da época filipina salienta-se a Fastigímia ou Fastigínia do jurisconsulto Tomé Pinheiro Veiga (c. 1570-1656), diário de uma estada do autor em Valhadolid em 1605, mas com inserção de comentários e acrescentos indubitavelmente posteriores, obra que correu em numerosas cópias manuscritas. O autor dedica a maior parte do texto à descrição minuciosa de cerimónias e festejos áulicos e à transcrição da picante esgrima de galanteios que travou com damas espanholas, cuja desenvoltura e liberdade o surpreenderam e deleitaram, em contraste com a tirania que em Portugal se usa com as filhas e as mulheres. Bom observador humorístico, Pinheiro Veiga sabe insinuar, com humor, uma visão crítica da espaventosa corte de Filipe II (III de Espanha), do rei, do duque de Lerma e outras personagens, de certos costumes castelhanos e portugueses, das exibições teatrais do culto religioso, como procissões de tocheiros e milhares de disciplinantes, sermões em que sucedem farsas solenes, etc. Em certos pontos, como no gosto da reportagem concreta, da minúcia significativa, no interesse com que em dado passo refere progressos técnicos recentes, o autor ganha um ar moderno, apesar do seu lastro de citações clássicas e de conceitos espirituosos. Um dos maiores interesses do livro reside no contraste que estabelece entre a melancolia e nublado português e a boa sombra e alegria castelhana: uns, noitibós tristes, e outros, pintassilgos alegres, [...] andam os portugueses à caça de uma melancolia, e sonham os castelhanos de noite como poderão levar um bom dia. Tomé Pinheiro Veiga, cujo espírito autonomista se revelou no próprio exercício da magistratura, resistindo à aplicação de leis castelhanas, e que aderiu mais tarde à Restauração, reage de modo por vezes sarcástico contra a constante caricatura com que em Valhadolid é alvejado o seu Portugalete, quer em piropos de castelhanas ou em alusões orais diversas, quer até em entremezes, denominados portuguesadas, acerca de fanfarronices e sentimentalismos ridículos de tipos fidalgos portugueses. No entanto, não se cansa de também criticar os preconceitos e pechas da aristocracia nacional, à luz do que vê em Castela: a brutal sujeição feminina (que vimos preconizada pela Carta de Guia de Casados); a tola presunção provinciana de estirpe e o feitio brigão; a exibição sentimentalona, a alternar com o gosto de falar de um modo obsceno; a falta de limpeza; o baixo nível de convivência. O mais curioso é que o próprio autor se recorta, no livro, como um obsessionado sentimental pelo belo sexo, rematando mesmo a Segunda Parte por um longo encarecimento das sublimidades do amor freirático que é difícil de tomar apenas como uma ironia, a não ser que funcione como auto-ironia.
Sob o ponto de vista literário, trata-se de uma das obras mais notáveis do nosso século XVII, graças a uma prosa cheia de vivacidade, a um extraordinário sentido de humor, ao seu equilíbrio entre a coloquialidade e a erudição no sentido em que se orientavam já as obras de Jorge Ferreira Vasconcelos. Outras obras seiscentistas de Memórias: o Diário (1731-33) do 4.º conde de Ericeira, e o livro que Eduardo Brasão publicou no Porto, 1940, sob o título de D. Afonso VI, atribuindo-o a António Sousa Macedo; o investigador brasileiro Afonso Pena Júnior reivindica a autoria desta última obra para Pedro Severim Noronha. É ainda como memorialistas que aqui se devem registar dois homens que, além de Rodrigues Lobo, preceptista e antologista epistolográfico, Francisco Manuel Melo, padre António Vieira e frei António Chagas, deixaram uma significativa correspondência: Vicente Nogueira (1585-1654), clérigo muito culto, que, exilado em Roma, dá em numerosas cartas ao marquês de Nisa informações bibliográficas, pareceres e observações dos costumes da grande cidade; e José Cunha Brochado (1652-1735), a quem uma longa missão diplomática em Paris proporcionou curiosas reflexões e comparações em numerosas cartas, além de dois tomos de Memórias e anedotas da Corte de França».


In António J. Saraiva e Óscar Lopes, Prosa Memorialista de Seiscentos (excerto), História da Literatura Portuguesa, Porto, Porto Editora, FCG, Lisboa, 2005, Halp 35, ISSN 1645-5169.

Soneto de amor


Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma... Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.


Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.


E em duas bocas uma língua..., — unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.


Depois... — abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada...
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!

José Régio

Cântico Negro


"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...


A minha glória é esta:

Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí!
Só vou por onde


Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...


Se vim ao mundo, foi

Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.


Como, pois, sereis vós

Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,


E vós amais o que é fácil!

Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...


Ide! Tendes estradas,

Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...


Eu tenho a minha Loucura !

Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!

Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.


Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,

Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!


A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,

É um átomo a mais que se animou...


Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!


José Régio
Mundo, se te conhecemos,
porque tanto desejamos
teus enganos?
E, se assim te queremos,
muito sem causa nos queixamos
de teus danos.


Tu não enganas ninguém,
pois a quem te desejar
vemos que danas;
se te querem qual te vem,
se se querem enganar,
ninguém enganas.


Vejam-se os bens que tiveram
os que mais em alcançar-te
se esmeraram;
que uns, vivendo, não viveram,
e os outros, só com deixar-te,
descansaram.


E se esta tão clara fé
te aclara teus enganos,
desengana ;
sobejamente mal vê
quem, com tantos desenganos,
se engana.


Mas como tu sempre morres
no engano em que andamos e que vemos,
não cremos o que tu podes,
senão o que desejamos
e queremos.


Nada te pode estimar
quem bem quiser estimar-te
e conhecer-te;
que em te perder ou ganhar,
o mais seguro ganhar-te
é perder-te.


E quem em ti determina
descanso poder achar,
saiba que erra;
que sendo a alma divina,
não a pode descansar
nada da terra.


Nascemos para morrer,
morremos para ter vida,
em ti morrendo.
O mais certo é merecer
nós a vida conhecida,
cá vivendo.


Enfim, mundo, és estalagem
em que pousam nossas vidas
de corrida;
de ti levam de passagem
ser bem ou mal recebidas
na outra vida.

Luís Vaz de Camões, in «Cartas»

«(...)                                         deste-lhe,
                                                                 o talento de não ter medo.»



Yevgeny  Yevtuschenko. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 158

QUARENTA ANOS

Quarenta anos, a vida chegou à segunda fase.
Eu amei, pensei, lutei na guerra.
Estive aqui e ali, vi algumas coisas,
E algumas vezes fui feliz.

A raiva evitou-me, passou como uma seta,
Mas das balas - dois pequenos vestígios.
E o infortúnio fugiu, como uma gota com asas,
Como água separando-se em gotas.

Venci uma parte, vencerei a segunda
Por mais pesada que seja a mochila.
Que se passa aí, por detrás da montanha?
Da altura embranquecem as minhas fontes.

Quarenta anos. Onde está a última paragem?
Onde se interromperá a minha rota?
Quarenta anos. A vida chegou à segunda parte.
E não experimentei todos os sofrimentos até agora.




David Samoilov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 148

«Os olhos, como uma lâmina que corta a dor.»

Yevgeny Vinokurov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 147
«Picasso dividiu o mundo em partes.
Rasgou a carne das coisas.»




Yevgeny Vinokurov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 146
«...Num sonho viu os fornos de Auschwitz
E cadáveres empilhados em fossas.»




Yevgeny Vinokurov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 145

Allah-Las - Tell Me (What's on Your Mind)



Tell me what I could get from what you had
I'm not feeling yet quite so bad
I'm not getting half of what I earn
Thought that we were set but now I, I've yearned

So tell me what's on your mind
Tell me what's on your mind
Tell me what's on your mind
'Cause I can't find it

All my troubles, yeah
Stem from you
Not much I expected you to do
I'm not feeling quite the way I should
Once I was upset now I've been feeling good

So tell me what's on your mind
Tell me what's on your mind
Tell me what's on your mind
'Cause I can't find it

All my time I gave to you
All those trials you ran me through
Love like your's will have to wait
Not my style to hesitate
I'm not saying that I try
Hard enough to gain my stride
All I have to say to you
Is anything you want me to, so

Recordo-me do pão.

Pão de guerra.


Yevgeny Vinokurov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 144
«Não corro atrás de agradecimentos.
Sou eu que quero agradecer.»



Mikhail Lukonin. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 142
«Tu pensas:
Levarei para ti
O meu corpo cansado.»


Mikhail Lukonin. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 141

(...) «o coração do homem não vive de soluços»

Margarita Aliger. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 132

«Tu estás fria, e a mim a tristeza queima-me.»


Margarita Aliger. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 131

«Só tu não recebeste uma carta dele, noiva da neve.»


Margarita Aliger. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 130

(...)

«A tua espera
Me salvou.
Como sobrevivi, saberemos
Só tu e eu, -
É porque me soubeste esperar
Como ninguém mais.»

Konstantin Simonov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 129

«Espera por mim, que eu voltarei,»


Konstantin Simonov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 128


«Lembras-te, Aliocha, dos caminhos de Smoelensk,
Como caía sem fim a chuva forte,
Como nos traziam leite camponesas lassas,
Em cântaros, como crianças, contra os peitos murchos,

(...)»



Konstantin Simonov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 127

(...)

«Vê - chegou o tempo das estrelas cadentes
e, talvez, o momento de nos separarmos para sempre...
...E eu compreendo agora um pouco, como é preciso
amar, e ter pena, e perdoar, e
                                             dizer adeus...»


Olga Bergolts. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 123

EU NUNCA POUPO O MEU CORAÇÃO

Eu nunca poupo o meu coração:
nem na canção, nem na amizade, nem na dor,
                                                                                      nem na paixão...
Perdoa-me, querido. O que aconteceu, aconteceu
amargamente para mim. E apesar de tudo isso - sou feliz.

E aquele cuja falta ou apaixonada, inflamavelmente sinto
e aquele que teme imaginárias tragédias,
no espectro, na pequena sombra indigna.
Tenho medo...E apesar de tudo - sou feliz.

Permite estas lágrimas e estes suspiros,
se batem censuras, como ramos à chuva:
terrível completo perdão. Terrível
                                                                   indiferença.
O amor não perdoa. E apesar de tudo - sou feliz.


Olga Bergolts. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 121/2

(...)

«Tudo o que no mundo saiu da mão do homem
Pela mão do homem pode ser reduzido a escombros.
Mas o caso é que
Na sua essência, a pedra 
Não é boa nem má.»


Alexandr Bezmensky. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 116

sexista

razoabilidade

''apreciadora de tascas e de deambulações ''

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Kiss

You don't have to be beautiful
To turn me on
I just need your body baby
From dusk till dawn
You don't need experience
To turn me out
You just leave it all up to me
I'm gonna show you what it's all about


You don't have to be rich
To be my girl
You don't have to be cool
To rule my world
Ain't no particular sign I'm more compatible with
I just want your extra time and your


Kiss,
Oh oh


You got to not talk dirty, baby
If you want to impress me
You can't be to flirty, mama
I know how to undress me, yeah
I want to be your fantasy
Maybe you could be mine
You just leave it all up to me
We could have a good time


Don't have to be rich
To be my girl
Don't have to be cool
To rule my world
Ain't no particular sign I'm more compatible with
I just want your extra time and your


Kiss
Yes, oh oh oh


Ah
I think I want to dance, uhh, ooohh
Gotta, gotta, oh
Little girl Wendy's parade
Gotta, gotta, gotta


Women not girls rule my world
I said they rule my world
Act your age, mama (not your shoe size)
Not your shoe size
Maybe we could do the twirl
You don't have to watch Dynasty
To have an attitude
You just leave it all up to me
My love will be your food
Yeah


You don't have to be rich
To be my girl
You don't have to be cool
To rule my world
Ain't no particular sign I'm more compatible with
I just want your extra time and your


Kiss

Written by Prince

''estrelas geladas''


Semyon Kirsanov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 106

(...)

«Mas chega sempre a separação, da qual
Não é costume haver novos encontros»


Stepan Shchipachyov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 105

(...)

«A tua rapariga gostará mais do que tudo
Do fumo do céu nos teus olhos.»



Stepan Shchipachyov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 105

QUE EU MORRA E OS ANOS PASSEM


Que eu morra e os anos passem,
Que eu em cinza seja para sempre.
Que venha pelos campos uma rapariga descalça:
Eu erguer-me-ei, vencendo a mortalidade,
Como poeira quente tocando as suas pernas
Que cheiram a margaridas até aos joelhos.


Stepan Shchipachyov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 104

SABER APRECIAR O AMOR


Saber apreciar o amor,
Especialmente apreciá-lo com os anos.
O amor não são suspiros num banco
Nem passeios ao luar.
Será tudo: lama e as primeiras neves.
E uma vida que é preciso viver juntos.
O amor é parecido com um bom poema:
Um bom poema não se faz sem sofrimento.


Stepan Shchipachyov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 103

«Apertou-me a mão até me fazer chorar.»


Vera Inber. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 102
«Quando revejo em pensamento os últimos vinte e cinco anos, o seu vazio enche-me de espanto. Mal posso dizer que vivi.»

Mishima

«Chorem o que for preciso mas aguentem-se quando abrirem as portas.»


Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 92/3

«« A vida humana é breve, mas eu desejaria viver sempre.» A frase é característica de um ser demasiado ardente para não ser insaciável.»

Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 89

«« (...) não pode haver compromisso maior que a promessa de morrer.»»


Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 88

segunda-feira, 28 de agosto de 2017


“Je t’aime, moi non plus”

Canção cantada aos sussurros com Jane Birkin, em 1969

La Decadanse

(A Decadança)

 Período chamado de "A Decadança" (1969-1979) trata mostra a fase após o escândalo causado pela canção "Je T'aime... Moi Non Plus"

Discurso “I Have a Dream” de Luther King faz hoje 54 anos

«Eu tenho um sonho. O sonho de ver os meus filhos a serem julgados pela sua personalidade e não pela cor da sua pele.»


Discurso “I Have a Dream” de Luther King faz hoje 54 anos

Duzentas e cinquenta mil pessoas assistiram ao vivo, diante do Lincoln Memorial. Milhões viram-no na televisão ou ouviram-no na rádio. As três televisões que existiam na altura cobriram o discurso ao vivo. Ao longo dos 55 minutos, Martin Luther King repete a frase “I Have a Dream” oito vezes.
Martin Luther King, nunca desistiu do sonho de ver “filhos de ex-escravos e filhos de ex-proprietários de escravos sentados à mesa da fraternidade”.

Um ano depois deste discurso, em 1964, Martin Luther King ganhou o Prémio Nobel da Paz, sendo na altura a pessoa mais jovem a receber este galardão, com 35 anos de idade. Em 1968, o Dr. Martin Luther King foi assassinado enquanto estava na varanda do hotel onde estava hospedado.

domingo, 27 de agosto de 2017

"Meu rosto ferve nas mãos do escultor cego.
Na pureza dos pátios imóveis ele pensa docemente nos 
suicidas; está a criar a velhice:
ontem e hoje são já o mesmo dia no meu coração."
-"Livro do Frio"
- Antonio Gamoneda

higiene política


''o sangue do poeta''

''as mãos mergulhadas numa floresta de cabelos''


Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 83

«(...), o homem pousa na mulher um longo olhar melancólico e terno, »

Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 83

«Deves esperar a morte cada dia, de modo a morreres em paz quando ela vier. »

Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 81

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

A vida das escravas sexuais dos bordeis nazistas

Mistérios do Mundo
Mistérios do Mundo
Mistérios do Mundo
Mistérios do Mundo
Mistérios do Mundo
Mistérios do Mundo

«Somos amigos separados por arame-farpado; sorrimo-nos, sem nos podermos abraçar.»


Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 73

«o próprio prazer perdeu o sabor»

As Vozes dos Heróis Mortos

terça-feira, 22 de agosto de 2017




'' os órgãos sexuais que os seres humanos passeiam sob as roupas''


Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 68

O Meu Amigo Hitler

Os Crisântemos do Décimo Dia


''A busca do amor roça a busca do infinito''


Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 67

«E, no entanto, o nível de desgosto e da sensação de vazio ia subindo, um vazio que ainda não era o Vazio perfeito do jardim da abadessa, mas o vazio de toda a vida, fracassada ou conseguida, ou ao mesmo tempo uma coisa e outra.»

Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 65

«A sua vida tinha conhecido outros desaires.»


Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 64

''ingenuamente ávido de honras''


Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 63

a atracção pela morte é frequente nos seres ávidos de vida



   «O que nos interessa é ver por que caminhos o Mishima brilhante, adulado, ou, o que acaba por resultar no mesmo, detestado pelas suas provocações e o seu êxito, se tornou, pouco a pouco, um homem determinado a morrer. De facto, uma tal pesquisa é parcialmente vã: a atracção pela morte é frequente nos seres ávidos de vida;»




Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 63

« - Cada um de nós deve decidir de acordo com o seu coração, diz a abadessa.»


Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 61

A memória é um espelho de fantasmas.

« - A memória é um espelho de fantasmas. Às vezes mostra objectos demasiado longínquos para poderem ser vistos e outras faz com que pareçam muito próximos.»



Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 61
«Toru é um monstro, que a inumana inteligência torna ainda mais monstruoso. Este robot criado por uma sociedade mecanizada vai aproveitar a oportunidade. Estuda, apesar de não ter qualquer gosto em aprender.»

Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 56

''os inculpados''

''carne de cera''


''brancura invernal''

''saleiro entornado''

Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 44

«Já houve demasiados adeuses.»

«Não é apenas ao seu amante que ela renuncia, mas a si própria. «Já houve demasiados adeuses.»

Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 42

A insipidez da vida social e mundana

«A insipidez da vida social e mundana é tal que o autor não precisa de fazer o esforço, tradicional em França, e constante em Proust, de o condimentar com humor e ironia. A sua total insipidez redu-la, de certo modo, a nada.»

Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 41

«Mais tarde, quando Kioyashi, depois de um ballet de hesitações, de esquivas e mentiras, deseja quase sacrilegamente esta rapariga, agora noiva de um príncipe imperial, é num local quase mágico que ela se lhe entrega, numa confusão de tecidos revolvidos e cintas desenroladas pelo chão.»


Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 40

a ''americanização'' das massas


«Não é raro que um grande escritor (a correspondência de Thomas Mann com o erudito Karl Kerenyi é disso prova) se lance sobre os manuais para construir os andaimes da estrutura básica da sua obra.»



Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 37

O Anjo em Decomposição


''Viver é aprender a lidar com a decepção.''

"A política, especialmente quando queremos distingui-la de outras actividades, exige duas coisas: ter-se dado conta de que o seu terreno próprio é o da contingência; uma especial habilidade para conviver com a decepção."


filósofo Daniel Innerarity

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

É IMPRÓPRIO SER FAMOSO

É impróprio ser famoso
Pois não é isso que eleva.
E não vale a pena ter arquivos
Nem perder tempo com manuscritos velhos.

O caminho da criação é a entrega total
E não fazer barulho ou ter sucesso.
Infelizmente, nada significa
Como uma alegoria andar de boca em boca.

Mas é preciso viver sem pretensões,
Viver de tal modo que no fim de contas
Venha até nós um amor ideal
E ouçamos o apelo dos anos que hão-de vir.

O que é preciso é rever
É o destino, não antigos papéis;
Lugares e capítulos de uma vida inteira
Anotar ou emendar.

E mergulhar no anonimato,
E ocultar nele os nossos passos,
Como foge a paisagem na neblina
Em plena escuridão.

Que outros nesse rasto vivo
Seguirão o teu caminho passo a passo,
Mas tu próprio não deves distinguir
A derrota da vitória.

E não deves por um só instante
Recuar ou trair o que tu és,
Mas estar vivo, e só vivo,
E só vivo - até ao fim.


Boris Pasternak. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 97/8
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